Conteúdos

Estamos, definitivamente, caminhando para desenvolvimento no-code e low-code?

Conteúdos

Olá!

Estamos, definitivamente, caminhando para desenvolvimento no-code e low-code?

O termo low-code refere-se a plataforma de desenvolvimento no qual existe pouco código ou quase nenhum código (no-code) para programar. Você programa mais com interfaces gráficas, do tipo arrastar e soltar. Esse conceito de plataformas vem crescendo por conta da agilidade e da facilidade de criar programas e é fato que a chave da evolução da programação de softwares é a abstração. Podemos citar como exemplos os frameworks, plug-ins, etc, mas que não substituem o programador tradicional (sintaxe textual e visual), apenas os auxiliam a serem mais produtivos.

Porém, à primeira vista, parece que a proposta do low-code e no-code é justamente essa: substituir os programadores tradicionais por não programadores. Mas será que já estamos no ponto em que usuários comuns podem realmente criar e desenvolver aplicativos relativamente sofisticados sem nenhum conhecimento prévio de programação?

Plataformas como OutSystems, SalesForce, PowerApp da Microsoft, OutSystems, Mendix, Appian.com fornecem ambientes para que as pessoas desenvolvam, implantem e gerenciem aplicações sem que sejam necessários muitos conhecimentos técnicos de programação. Com poucos movimentos e cliques no mouse, é possível criar uma aplicação de forma rápida e interessante.

A priori, as soluções sem código e com baixo código permitem criar aplicativos simples, que são em sua maioria apenas uma interface do usuário que funcionam como clientes de APIs corporativas, ou onde o problema de negócios a ser resolvido é simples e genérico.

No entanto, avanços recentes em software de baixo código / sem código permitem conceber softwares cada vez mais avançados. Então, o que os não codificadores conseguem fazer? Vamos tentar responder considerando algumas coisas que (talvez) eles (ainda) não conseguem fazer.

  1. Soluções que envolvem dados avançados, agentes e outros aspectos técnicos da construção de software que são de domínio dos desenvolvedores profissionais ou com conhecimento técnico equivalente.
  2. Construir uma API (Application Programming Interface) como um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software para a utilização dos seus componentes dada uma arquitetura preexistente.
  3. Modelos de Inteligência Artificial com a criação e treinamento de redes neurais, de algoritmos e funcionalidades únicos e customizados.

O no-code e low-code, atualmente, serve mais para produção de software uniforme ou previsível o que antigamente era chamado de software de prateleira. Em suma, o no-code ou low-code estão sendo utilizados muito mais para criar projetos menos técnicos que podem ser utilizados para apresentar, monitorar, extrair informações e ajustar à execução do negócio para garantir que estejam funcionando conforme o esperado.

Quanto mais específico o Software, mais necessário se torna soluções não padronizadas. É aqui que entra os desenvolvedores. Dessa forma, programadores profissionais ainda são fundamentais para fornecer as complexas arquiteturas de sistema que as empresas precisam. Portanto, vida longa a programação com código.

No entanto, também é preciso dizer que os desenvolvedores profissionais também estão adotando soluções de baixo e nenhum código. Os desenvolvedores estão sempre em busca de ferramentas para aumentar a produtividade e abstrair a sintaxe das linguagens de programação. Isto é fato. O no-code ou low-code pode ser um aliado nesse contexto.

Sendo assim, os desenvolvedores e engenheiros que veem o low-code ou no-code como ferramentas adicionais certamente estarão se beneficiando para num futuro próximo estarem preparados para a “evolução das espécies”. Pois “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que se adapta mais rapidamente às mudanças”. A frase atribuída ao Charles Darwin nunca fez tanto sentido.

Espero te encontrar mais vezes aqui. Até a próxima!

Abraços!